Olá, apaixonados pela leitura!!!!
Vocês conhecem GH?
Essa senhora, uma mulher totalmente comum, artista plástica, com uma vida tranquila, ao mandar sua empregada doméstica embora, vê seus conceitos e crenças abalados, provocando no leitor perturbações íntimas capazes de fazê-lo pensar também nas suas verdades (verdades, meias verdades, equívocos????)
Clarice Lispector, em "A paixão segundo GH", maneja com perfeição a palavra desenhando um enredo propício para provocar sentimentos dos mais diversos em quem ousa se debruçar sobre sua narrativa, inclusive a sensação de nojo. Isso mesmo: ojeriza!
Na sua paixão (martírio, aflição, calvário), no intuito de purgar suas falhas, ela come ou não a barata?
"Abri a boca espantada: era para pedir um socorro. Por quê? por que não queria eu me tornar imunda quanto a barata? que ideal me prendia ao sentimento de uma ideia? por que não me tornaria eu imunda, exatamente como eu toda me descobria? O que temia eu? ficar imunda de quê?"
Que vocês acham? Vamos conferir diretamente na fonte?
Um aspecto bastante interessante da obra é o foco narrativo. Durante a leitura perceberemos a mente da personagem, que contará para nós toda a história por meio do fluxo de pensamento. Mas esse assunto fica para uma próxima postagem. Combinado?
Boa leitura!


