quarta-feira, 4 de maio de 2016



Olá, apaixonados pela leitura!!!!


Vocês conhecem GH? 




Essa senhora, uma mulher totalmente comum, artista plástica, com uma vida tranquila, ao mandar sua empregada doméstica embora, vê seus conceitos e crenças abalados, provocando no leitor perturbações íntimas capazes de fazê-lo pensar também nas suas verdades (verdades, meias verdades, equívocos????)

Clarice Lispector, em "A paixão segundo GH", maneja com perfeição a palavra desenhando um enredo propício para provocar sentimentos dos mais diversos em quem ousa se debruçar sobre sua narrativa, inclusive a sensação de nojo. Isso mesmo: ojeriza!

Na sua paixão (martírio, aflição, calvário), no intuito de purgar suas falhas, ela come ou não a barata?

"Abri a boca espantada: era para pedir um socorro. Por quê? por que não queria eu me tornar imunda quanto a barata? que ideal me prendia ao sentimento de uma ideia? por que não me tornaria eu imunda, exatamente como eu toda me descobria? O que temia eu? ficar imunda de quê?"

Que vocês acham? Vamos conferir diretamente na fonte?

Um aspecto bastante interessante da obra é o foco narrativo. Durante a leitura perceberemos a mente da personagem, que contará para nós toda a história por meio do fluxo de pensamento. Mas esse assunto fica para uma próxima postagem. Combinado?

Boa leitura!

6 comentários:

  1. Olá Cristina, parabéns pelo blog.
    Ficou ótimo.
    Abraços.

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  2. Cris,
    Amei seu blog, você escreve super bem. Sou admiradora de seu bom gosto literário, vou visitá-la sempre.

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  3. Obrigada!!! Logo logo, teremos mais uma obra de Clarice, "Perto do Coração Selvagem", seu primeiro romance (detalhe, escrito aos 17anos!!!)

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